Todo fim de ano é a mesma coisa. Um sentimento de “no ano que vem vai ser diferente”. A partir daí começam as auto-promessas, aquelas feitas a si mesmo com profundo sentimento de sinceridade, mas com auto grau de quebra de contrato. São do tipo “ano que vem eu vou emagrecer e voltar usar aquele jeans guardado no fundo do guarda-roupa”, ou “no próximo ano letivo vou me sentar na primeira fila, passar o rascunho à limpo assim que chegar da escola e garantir minhas notas antes do fim do ano”. Da vida amorosa aos demais relacionamentos, da vida profissional à conduta moral, da vida cristã ao serviço cristão sobram todo tipo de promessa. O fim de ano é bem assim: uma espécie de expurgo das promessas quebradas e do sentimento de fracasso. O romper do ano parece uma anistia da consciência pesada desde que, é claro, novas, sinceras e saudáveis promessas tenham sido feitas. Parece que o perdão para o ano que passou está condicionado à não deixar de tentar fazer a coisa certa. No entanto, passado à folia da primeira madrugada do ano, ao acordar, está tudo do mesmo jeito, exceto o cansaço e a bagunça na cozinha, que parece bem maior. Para aqueles que não festejam em sua casa, há só o cansaço e na geladeira o resto do peru e do arroz com uva-passa que sobraram do natal. Na primeira semana de janeiro vai chegar a fatura do cartão de crédito (maior que o normal), o IPTU, IPVA, etc., e então se percebe que o novo ano não traz novidades, mas tudo continua do mesmo jeito. E já que está tudo do mesmo jeito é natural que as promessas feitas fiquem na distância das emoções do último 31 de dezembro. A verdade, mais nua e crua que o normal, é uma autorização para que não levar à serio as promessas. E mais, se o mundo em nada mudou para melhor, por que eu deveria ser a exceção?
Não deixe que esse sentimento invada seu coração. Pessoas mudam (assista ao filme “16 Quadras”). Creia nisso! O recomeço é a maior de todas as oportunidades de mudança. E mudar para melhor é a maior das virtudes. A bíblia diz que “Aquele que está em Cristo, é nova criação. As coisas velhas se passaram e tudo se fez novo”. O que muda não é o mundo, mas eu mesmo. E quando eu mudo tudo começa a mudar em minha volta. Quando chegar 31 de dezembro, perto da meia noite (ou 4 de janeiro ou 16 de fevereiro, o dia não importa desde que você decida fazer), faça uma oração sincera. Diga a Deus que você deposita n’Ele toda sua confiança, e crê que o sacrifício d’Ele na cruz é o bastante. Diga a Ele que você quer experimentar o que a bíblia diz à respeito de ser nova criação e ser cheio da graça de Cristo.
A Deus toda glória!
Graça e paz
Pr. Damárcio Gutemberg Pereira
Primeira Igreja Batista em Passos
terça-feira, 22 de abril de 2008
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