quinta-feira, 17 de abril de 2008

Preconceito

Preconceito é uma mancha, uma nódoa que encarde e tinge de sujeira a sociedade. Os relacionamentos que foram marcados pelo preconceito enfrentam dificuldades como mágoa, despeito, vergonha, ira, mentira, falsidade, sectarismo, etc., tudo junto, batido num liquidificador forma um veneno que é derramado no coração. Isso causa uma mancha na alma e na sociedade quase impossível de ser retirada. Preconceito é um pré-conceito. Um conceito formado antes de se conhecer, de se avaliar ou de se fazer algum juízo de valor. Um conceito formado por alguém que abre mão de olhar atrás da fachada por preguiça de pensar ou por prazer de maltratar. Ou por simples mesquinhez aprendida numa sociedade corrompida por gerações de preconceito. Preconceito é transmitido por uma espécie de genética social. É aprendido dentro de casa, na escola, na igreja, na roda de amigos. Já faz algum tempo, li o resultado de uma pesquisa feita por uma universidade. Colocaram vários bebês até 3 anos numa sala com bonecas espalhadas. Bonecas brancas e bonecas negras. Os bebês preferiram as bonecas negras, talvez pela cor que lhes chamava atenção. Colocaram outros bebês, agora dos 6 aos 8 anos, na mesma sala, e dessa vez, as bonecas brancas foram as preferidas. O estudo revela que o preconceito étnico foi ensinado pela sociedade (TV, amigos e até mesmo pela família) em algum momento da infância. Uma vez aprendido o preconceito, as desculpas se multiplicam para explicá-lo e até mesmo perpetuá-lo. Preconceito é fascismo, é neonazismo. É generalização burra e violenta: Todo nordestino é preguiçoso, todo negro é ladrão, toda mãe solteira é promíscua, todo obeso é relaxado, todo crente é fanático e tapado. Toda generalização é preconceito. Algumas frases revelam essa atitude: “ele é negro, mas é uma pessoa muito boa”, “fulano é baiano, mas é muito trabalhador”, “ela é mãe solteira, mas é de confiança”, “aquele rapazinho é crente, mas é inteligente e tem muito potencial”. Quando ouço algo parecido tenho certeza de que o preconceito sub-jaz em algumas mentes. É como se dissessem que negro, mãe solteira, baiano ou crente fossem, por rótulo, ser humano de segunda classe. Infelizmente é nisso que o preconceituoso acredita. E o veneno destilado contra os outros acaba envenenando a alma do próprio, que se torna cada vez mais amargo e infeliz. É preciso aprender com o autêntico cristianismo bíblico: “Todos vocês são filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus, pois os que em Cristo foram batizados, de Cristo se revestiram. Não há judeu nem grego, escravo nem livre, homem nem mulher, pois todos são um em Cristo Jesus” (Gálatas 3:26-28 NVI). Aprender e viver essa verdade faz bem a saúde, a família e a sociedade.
A Deus toda glória!
Graça e Paz
Pr. Damárcio Gutemberg Pereira
Primeira Igreja Batista em Passos

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