quinta-feira, 17 de abril de 2008

Cooperação

Uma das palavras que mais ouço com relação à identidade das igrejas batistas é cooperação. Lembro quando era pré-adolescente, na Primeira Igreja Batista em São João de Meriti (Rio de Janeiro), meu pastor falando do púlpito que havia chegado entre nós um irmão peruano. Era da igreja batista daquele país e precisava de pouso e alimento por alguns dias. Lembro-me bem dele na mesa da cozinha da casa de meu avô, tentando se comunicar conosco num “portunhol” sofrível. Em outra ocasião, a três ou quatro anos atrás, uma jovem vinda de Ponte Nova (MG) morou na casa de meu pai, na Ilha do Governador, por um ano. Havia passado no vestibular da UFRJ e como não havia vaga na residência estudantil da universidade, pediu ajuda em sua igreja batista (Ponte Nova) que entrou em contato com os batistas do Rio de Janeiro e logo estava ela lá em casa. O nome disso é cooperação. Dá-se por um processo natural de identificação – ambos têm as mesmas convicções bíblicas – e estranhamente confia um no outro. A cooperação no micro se estende ao macro. Não somente entre pessoas da mesma denominação, mas especialmente entre igrejas da mesma denominação que tem em comum mais que o nome de batista. Têm em comum a visão de alcançar pessoas para Cristo e para isso somam esforços, abrindo mão de descansar num feriadão a fim de que outra igreja seja abençoada. A cooperação entre os batistas é responsável pela abertura de centenas de igrejas no Brasil e fora dele. Mais de mil e duzentos missionários (somados os da JMN e JMM), creches, orfanatos, lar de idosos, colégios, faculdades e tantas outras obras assistenciais é fruto apenas de cooperação. Não há nenhum contrato formal, nenhuma cláusula estatutária, nenhuma obrigação denominacional. Não há uma cúpula ou poder central que determine a soma de esforços entre igrejas batistas. Há somente a saudável e insubstituível visão bíblica de cooperação, para que aquilo que uma igreja não pode fazer só, pela limitação natural de seu tamanho, possa fazer com excelência através da soma de esforços com outra igreja. Este espírito de cooperação tornou este final de semana especial para a PIB em Passos. É com louvor a Deus que agradecemos a cada irmão e irmã que atendeu o apelo missionário e se dispôs a esta obra. Nossa marca registrada, a cooperação, é mais uma vez enobrecida por pessoas que deixam o discurso e passam à prática.
A Deus toda glória!
Graça e Paz

Pr. Damárcio Gutemberg Pereira
Primeira Igreja Batista em Passos

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