quinta-feira, 17 de abril de 2008

Alguns vultos da história dos Batistas no Brasil

Uma das áreas da história que me fascina, são as biografias. Gosto de lê-las e, sempre que saudável, deixar-me influenciar por pessoas e seus feitos que marcaram a vida de muitos no passado e com poder pavimentaram as caminhos que percorremos hoje. Eis alguns que me são velhos conhecidos:

ü Salomão Luiz Ginsburg (1867-1927), um judeu polonês que fora criado na Alemanha e Inglaterra. Após sua conversão preparou-se modestamente e foi enviado pela Sociedade Missionária Interdenominacional para Portugal. Ali aprendeu a língua portuguesa, vindo a seguir para o Brasil como missionário dos Congregacionais. Procurou o missionário Zacharias Taylor a fim de travar um debate quanto às diferenças doutrinais entre as denominações. Por fim, Ginsburg deu-se por convencido na questão do batismo e iniciou uma das mais bem sucedidas empreitada missionária. Enxergou na página impressa um dos grandes instrumentos evangelísticos e doutrinários, além de traduzir mais de cem hinos, a maioria deles no Cantor Cristão (7, 46, 142, 301, 331, 437);

ü William Edwin Entzminger (1859-1930), também tradutor de hinos (266, 304, 306, 439, 508 do Cantor Cristão), era homem de vasta cultura, tendo o grau de doutor pelo Seminário Batista de Louisville. Foi o homem da página impressa, tendo escrito vários livros que auxiliou no preparo de obreiros nacionais. Também foi o fundador da Casa Publicadora Batista e de “O Jornal Batista” em 1901. Até algumas décadas atrás a Casa Publicadora Batista era o maior parque gráfico evangélico da América Latina;

ü Eurico Alfredo Nelson, “O Apóstolo da Amazônia”, sueco de nascimento, mas criado nos EUA. Sentindo o chamado irresistível do Espírito Santo para pregar no Brasil, para cá veio sem sustento garantido e sem preparo teológico. Dada sua especial inteligência, trabalho árduo e extrema sensibilidade missionária, logo a Convenção Batista do Sul dos Estados Unidos nomeou-o missionário, tendo em vista o avanço missionário através de sua instrumentalidade. Dedicou a maior parte do tempo no amazonas e Pará, fundando as igrejas de Manaus e Belém, entre muitas outras. Também trabalhou no Ceará, Piauí, Maranhão e até no Acre;

ü Teodoro Rodrigues Teixeira, filho de portugueses, nascido na Espanha, chegou bem cedo ao Brasil e tendo se convertido ainda na juventude. Por mais de 40 anos serviu em “O Jornal Batista” como redator e redator-chefe. Estava sob sua responsabilidade a seção “Perguntas e Respostas” que por muitos anos ajudou na sedimentação da sã doutrina nos corações recém convertidos. Teodoro representa o trabalho “leigo” que teve importância fundamental no avanço dos batistas brasileiros;

ü Francisco Fulgêncio Soren, o terceiro jovem convertido no Rio de Janeiro logo demonstrou habilidades como pregador, despertando o interesse dos missionários que o enviaram para os EUA, onde permaneceu por 8 anos preparando-se para o trabalho pastoral. Após seu retorno assumiu o pastorado da Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro exercendo liderança no Brasil Batista pr mais de 30 anos.

Graça e Paz

Pr. Damárcio Gutemberg Pereira
Primeira Igreja Batista em Passos

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