quinta-feira, 17 de abril de 2008

O maior adversário do Pan

Estamos respirando esporte! Na televisão, no jornal, na mesa de almoço, no local de trabalho é quase obrigatório falar do PAN-RIO 2007. É impressionante como rapidamente esportes quase desconhecidos do público geral passam a fazer parte do nosso cotidiano. Luta Greco-Romana e Pentatlo Moderno renderam medalhas para o Brasil, muito embora sejam quase desconhecidos. Aprendemos regras de esgrima e salto sobre a mesa, mas ficamos com a sensação de que é quase impossível o juiz observar tantos detalhes em tão pouco tempo e numa mesma pirueta. Nosso vocabulário ganhou uma turbinada: aprendemos que jogador de ping-pong é mesa-tenista e que quem nasce na Guatemala é guatemalteco. Nosso conhecimento de geografia também melhorou com o PAN: conhecemos alguns novos países como Dominica e Santa Lúcia na América Central. Este último enviou apenas um atleta (salto em altura com vara), fala um dialeto chamado “patoá”, sua capital é Castries e a moeda é o dólar do Caribe. São atletas vindos de vários países diferentes, modalidades esportivas diferentes e com um mesmo objetivo: vencer. Curiosamente, todos eles também lutam contra o mesmo adversário: eles mesmos. Suas próprias limitações os impedem de diminuir o tempo, aumentar a força, melhorar a precisão. O adversário principal são eles mesmos e não o outro. Quando vencem, vencem a si mesmo. Quando perdem é porque são vencidos pela própria limitação. O apóstolo Paulo usa linguagem esportiva para explicar nossa vida cristã (1 Coríntios 9:24-27). Nesta linguagem simbólica ele diz que todo competidor se submete a regras e treinamento rigoroso, a ponto de esmurrar o próprio corpo. Ele não esta fazendo apologia ao auto-flagelo, mas está falando de seu principal adversário. Nesta luta contra ele mesmo, Paulo chega a exclamar: “Miserável homem que eu sou! Quem me libertará do corpo sujeito a esta morte?” (Rm 7:24 NVI). Era como se ele, Paulo, estivesse extenuado de tanto lutar contra a própria carne, e descobrisse que a medalha de ouro dos jogos da vida fosse apenas um ideal inatingível. No entanto, este mesmo apóstolo que se viu vencido por ele mesmo, descobre em Jesus a força sobrenatural que leva a maior de todas as vitórias. Paulo descobriu que a graça de Jesus era o bastante, e que agora, “nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8:1). O cântico de vitória (Rm 8:31-39) é a música daqueles que descobrem que em Jesus, o inimigo íntimo pode ser vencido. Essa pode ser a sua música também. Uma parte da letra diz: “Mas, em todas estas coisas somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou”.
A Deus toda glória!

Graça e Paz

Pr. Damárcio Gutemberg Pereira
Primeira Igreja Batista em Passos

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