quinta-feira, 17 de abril de 2008

Mau-humos tem cura

A mulher estava tirando água do poço e o viajante faminto lhe pediu um pouco de água. Tendo viajado toda a manhã, a pé, com um grupo de amigos que tinham ido ao vilarejo comprar comida, o viajante cansado, sentado à beira do poço achava que merecia se não um tratamento distinto, pelos menos um bocado de água como que por misericórdia, já que o poço era fundo e o homem não tinha os apetrechos necessários para içar um pouco de água. O sol escaldante, tremulando no terreno arenoso e a mulher, só, com seu cântaro cheio de água, pesadíssimo, escolhera justamente àquela hora para ir ao poço porque sabia que com o sol a pino ninguém estaria ali para importuná-la com perguntas ou comentários desagradáveis. Ela era uma espécie de ameaça para outras mulheres, afinal não era casada legalmente com o atual companheiro, e mesmo antes deste, já tivera outros cinco. A companhia das mulheres era sempre seguida de um clima de “essa mulher não presta”. Por outro lado, a companhia masculina não lhe era menos hostil. Alguns homens viam naquela mulher uma oportunidade de prazer fácil. Então tratava todos os homens com a mesma distinção merecida de alguns canalhas. Esse relacionamento com as pessoas a amargurava até a alma. Sendo assim, ela preferia ir só para buscar água, numa espécie de mau humor remoído no caminho da solidão. Aí encontra aquele viajante, e não resiste a oportunidade de despejar sua amargura. Nega-lhe água e ainda o alfineta com um problema étnico que já tinha mais de 400 anos (ela era samaritana, e ele era judeu. Os judeus tratavam os samaritanos como pessoas de segunda categoria). Ela só não contava com o fato de que aquele viajante era Jesus Cristo, o messias aguardado com ardente expectativa, pois teria o poder de fazer nova todas as coisas. Na conversa com Jesus aquela mulher descobre que terra seca não era o deserto, mas o coração dela. Era ela quem precisava da água do Espírito que restaura o bom humor, reconstrói relacionamentos e põe nos lábios um sorriso que vem do coração. A mulher amarga e solitária termina essa história (registrada em João 4:4-42) como a mulher feliz que correu na cidade para anunciar que havia encontrado o messias. Muitos outros corações secos e rachados pelos dramas do dia a dia também foram inundados pelas palavras que restauram a vida, quando foram até Jesus.
Não deixe que as tristezas e decepções da vida continuem amargurando você. Faça a descoberta da mulher samaritana. Descubra o messias. Descubra a vida. Redescubra a alegria de viver e de se relacionar. Então venha cantar conosco “deixe a tristeza de lado e vem louvar ao Senhor...”.
A Deus toda glória!
Graça e Paz

Pr. Damárcio Gutemberg Pereira
Primeira Igreja Batista em Passos

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