quinta-feira, 17 de abril de 2008

Fique de Olhos Abertos

A situação no país já não vinha bem fazia muito tempo. Eles haviam se esquecido de Deus. Cada um fazia o que parecia reto aos seus olhos. Então entravam num ciclo interminável: moral duvidosa, ética comprometida, corrupção, violência, idolatria, e por fim a derrota para algum exército inimigo e a escravidão. Então vinha o choro, o arrependimento, o clamor por libertação e finalmente se lembravam de Deus. Esse comportamento é comum pra muita gente! Em contrapartida, Deus nunca havia se esquecido de seu povo. Diante do arrependimento sincero e das lágrimas verdadeiras, Deus intervinha na situação, usando pessoas como instrumento para libertar o país. Começava o caminho inverso: uma renovação moral, ética e religiosa varria a nação. O exército movido pelo desejo de libertação e pela convicção da vanguarda divina sagrava-se vencedor. Eram tempos renovados pela brisa da liberdade e da prosperidade. As celebrações corriam soltas. Celebravam por tudo. Pela colheita, pela tosquia, pela páscoa, pelo casamento, pela liberdade, pelo amor. Deus era lembrado em tudo isso. Com música, dança, incenso, comida, bebida. Com pedido de perdão, com meditação em sua Palavra, com estudos na lei, com sacrifícios no templo. Lentamente cada qual ia cuidando dos seus negócios. O tempo, maior algoz das lembranças, ia deixando os motivos de celebração em alguma prateleira, daquelas menos olhadas, da alma humana. E como “a inclinação do coração do homem é para o mal” (Gn 6.5), fica fácil imaginar. Muita festa com comida, bebida e dança solta. Olho vermelho por causa do vinho, olho grande no que não é seu, olho piscando para cônjuge alheio, olho roxo por causa da briga. Olho nos deuses libertinos dos povos conquistados. Nascia uma nova geração que não se lembrava mais de Deus. Logo estariam de olhos arregalados pela derrota e escravidão que chegava à galope. Muitos logo estariam de olhos fechados para sempre. Houve um, inclusive, que teve seus dois olhos furados pelo inimigo. Mas quando os olhos do seu coração se abriram para a grandeza das misericórdias e do perdão de Deus, toda a sua alma foi iluminada para sua última vitória. Infelizmente esse homem morreu logo após. Abra os olhos, abra seu coração. “O Senhor tem o seu trono nos céus, seus olhos observam; seus olhos examinam os filhos dos homens. O Senhor prova o justo, mas o ímpio e a quem ama a injustiça, a sua alma odeia... pois o Senhor é justo, e ama a justiça; os retos olharão a sua face” (Sl 11.4,5 e 7).
Pr. Damárcio Gutemberg Pereira
Primeira Igreja Batista em Passos

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